Ocupação pré-histórica de Pernambuco - Concurso Policial - o passo-a-passo para se tornar policial

Este site usa cookies e tecnologias afins que nos ajudam a oferecer uma melhor experiência. Ao clicar no botão "Aceitar" ou continuar sua navegação você concorda com o uso de cookies.

Aceitar

História

Ocupação pré-histórica de Pernambuco

Danillo Ferreira
Escrito por Danillo Ferreira
Ocupação pré-histórica de Pernambuco
Pré-história de Pernambuco

Neste artigo vamos falar tudo sobre a ocupação pré-histórica do estado de Pernambuco, com foco no concurso da Polícia Militar de Pernambuco, que traz esse tema entre os tópicos do conteúdo programático. Ao final da leitura, deixe seu comentário, com dúvidas e sugestões de conteúdo.

Para começar, é importante saber que o Nordeste brasileiro concentra alguns dos mais antigos sítios arqueológicos conhecidos do país, com datação superior a 40 000 anos antes do presente. Na região que hoje corresponde ao estado de Pernambuco, foram identificados vestígios seguros de ocupação humana superiores a 11 000 anos, nas regiões de Chã do Caboclo, em Bom Jardim, e Furna do Estrago, em Brejo da Madre de Deus.

Necrópole em Brejo da Madre de Deus

Necrópole em Brejo da Madre de Deus

Em Brejo da Madre de Deus, foi descoberta uma importante necrópole pré-histórica, com 125 metros quadrados de área coberta, de onde foram resgatados esqueletos humanos em bom estado de conservação.

A necrópole encontrada em Brejo da Madre de Deus, localizado no estado de Pernambuco, é um sítio arqueológico de grande importância histórica. Descoberta em 2019 durante uma escavação para obras de saneamento básico, a necrópole é composta por cerca de 500 sepulturas de diversos tamanhos e formatos, que datam do período pré-colonial.

De acordo com os arqueólogos responsáveis pela pesquisa, a necrópole era utilizada pelos povos pré-coloniais que habitavam a região para enterrar seus mortos. As sepulturas variam em tamanho e formato, indicando que as tradições funerárias da região eram diversas.

Além das sepulturas, a necrópole também conta com outros vestígios arqueológicos, como objetos de cerâmica e adornos feitos de conchas marinhas. Esses achados sugerem que os povos pré-coloniais que habitavam a região tinham uma cultura rica e sofisticada.

A descoberta da necrópole é de grande importância para a compreensão da história da região e do país como um todo. Ela permite que os pesquisadores entendam melhor as tradições e costumes dos povos pré-coloniais que habitavam a região, além de contribuir para a preservação do patrimônio histórico e cultural brasileiro.

Grupos indígenas

Grupos indígenas

Itaparicas

Dentre os grupos indígenas que habitaram o estado, identificou-se a tradição cultural Itaparica, responsável pela confecção de artefatos líticos lascados há mais de 6 000 anos. Trata-se de uma manifestação cultural dos índios do grupo étnico Potiguara, que vem sendo passada de geração em geração, e que representa a cultura e as raízes desse povo indígena.

A tradição cultural Itaparica é caracterizada por danças e cantos, que são realizados em comemoração a diversos eventos importantes da vida dos índios Potiguara, como o nascimento, a puberdade, a morte e a colheita. As danças são acompanhadas por instrumentos musicais tradicionais, como maracás, chocalhos e tambores.

Além das danças, a tradição cultural Itaparica também inclui o artesanato indígena, que é uma das principais fontes de renda dos índios Potiguara. Eles produzem peças de cerâmica, objetos de decoração feitos com sementes e fibras naturais, além de cestarias e outros artigos.

Cariris

No Agreste pernambucano, conservam-se pinturas rupestres com data aproximada de 2 000 anos antes do presente, atribuídas à subtradição denominada Cariris velhos.

Os Cariris Velhos foram um povo guerreiro e resistente, que enfrentou a colonização portuguesa e lutou pela preservação de suas terras e tradições. Eles foram um dos principais grupos indígenas que habitaram a região de Pernambuco durante o período colonial, e deixaram um legado importante para a história e cultura da região.

A cultura dos Cariris Velhos era rica e diversa, e incluía práticas como a agricultura, a pesca e a caça. Eles também eram hábeis na produção de objetos de cerâmica e artesanato, que eram utilizados tanto para o uso cotidiano quanto para fins cerimoniais.

Tabajaras e Caetés

Na época da colonização portuguesa, habitavam o litoral pernambucano os Tabajaras e os Caetés, já desaparecidos.

Os Tabajaras e Caetés são dois grupos indígenas que habitaram a região de Pernambuco antes da chegada dos colonizadores portugueses. Eles foram algumas das principais etnias que viveram no nordeste brasileiro durante o período pré-colonial.

Os Tabajaras habitavam principalmente a região do atual estado da Paraíba, mas também estendiam sua presença até a região de Pernambuco. Eles eram um povo guerreiro e organizado, que desenvolveu uma sociedade complexa e hierarquizada. Os Tabajaras tinham um sistema de aldeias, liderados por chefes que exerciam autoridade sobre o grupo.

Já os Caetés eram uma etnia que habitava principalmente a região de Pernambuco. Eles eram um povo pacífico e sedentário, que se dedicava principalmente à agricultura e pesca. Os Caetés viviam em aldeias próximas ao litoral e desenvolveram uma cultura rica e diversa.

Pankaratu e Atikum

Nos brejos interioranos do estado ainda é possível encontrar grupos indígenas remanescentes das antigas tradições, como os Pankararu (em Tacaratu) e os Atikum (em Floresta).

Os Pankararu e Atikum têm uma história de luta pela preservação de suas terras e tradições. Eles foram vítimas de diversos conflitos e violações de direitos, mas conseguiram resistir e manter viva sua cultura e identidade.

A cultura dos Pankararu e Atikum é rica e diversa, e inclui práticas como a agricultura, a pesca e a produção de artesanato. Eles também têm uma forte tradição oral, com histórias e mitos que são passados de geração em geração.

Descobrimento pré-cabralino do Brasil

Descobrimento pré-cabralino do Brasil

Cabo de Santo Agostinho, litoral sul de Pernambuco, possível local do descobrimento pré-cabralino do Brasil por Vicente Yáñez Pinzón no dia 26 de janeiro de 1500, 86 dias antes da chegada de Pedro Álvares Cabral a Porto Seguro. Há algumas teorias sobre quem foi o primeiro europeu a chegar nas terras que hoje formam o Brasil. A mais aceita defende que foi o espanhol Vicente Yáñez Pinzón no dia 26 de janeiro de 1500, possivelmente no Cabo de Santo Agostinho, litoral sul de Pernambuco.

O local avistado por Pinzón sempre foi cercado de controvérsias. Para alguns pesquisadores portugueses, como Duarte Leite, os espanhóis teriam desembarcado ao norte do Cabo Orange, na atual Guiana Francesa. Mas para seus rivais castelhanos – que se basearam no depoimento do próprio Pinzón -, o desembarque se deu no Cabo de Santo Agostinho, 86 dias antes da chegada de Pedro Álvares Cabral a Porto Seguro. Uma polêmica judicial se seguiu à viagem de Pinzón, chamada Probanzas del Fiscal – um pleito movido por Diego Colombo, filho de Cristóvão Colombo, contra a Coroa de Castela para assegurar os direitos do pai.

Todos os navegadores que participaram da primeira viagem de Colombo foram ouvidos em audiências que se realizaram entre 1512 e 1515 na Ilha de São Domingos e em Sevilha. No seu depoimento, Pinzón afirmou ter aportado no Cabo de Santo Agostinho, mas para Eduardo Bueno (2006), ele ‘provavelmente se equivocou, ou mentiu’. Bueno acompanha a tese do capitão-de-mar-e-guerra Max Justo Guedes, que defendeu, no artigo ‘As Primeiras Expedições de Reconhecimento da Costa Brasileira’ (1975) , que o local seria a atual Ponta do Mucuripe, 10 km ao sul da cidade brasileira de Fortaleza, apoiando-se também no importante mapa de Juan de la Cosa, de 1501. Outras possibilidades também já foram aventadas, como o Cabo de São Roque, no Rio Grande do Norte e Ponta do Seixas na Paraíba.

Características das populações indígenas

Características das populações indígenas

Projetado contra o Atlântico, região americana mais próxima ao “Velho Mundo”, o Nordeste brasileiro define-se historicamente pela antiguidade da presença europeia em suas terras. De fato, em seu extenso litoral dotado de muitos bons portos e de cidadelas naturais, firmaram-se, já na primeira metade do século XVI, as duas mais sólidas cabeças-de-ponte da colonização lusitana no continente na capitania de Pernambuco e na sede do governo geral, na Bahia de Todos os Santos, cujos solos muito propícios dos seus arredores logo estariam tomados pela rendosa lavoura da cana-de-açúcar, base de articulação com o mercado mundial.

No sertão ao norte do São Francisco a diversidade de designações étnicas é ainda maior. O planalto da Borborema, as serras dos Kariris e do Araripe e os vales próximos dos rios Jaguaribe, Apodi e Açu registram a presença, junto aos Kariri, dos Ikó, Payaku, Kanindé, Otxukayana (Janduí, Tarariu), Inhamun, Calabaça, Xukuru etc., de cuja pertinência à família Kariri muito se especulou (Pinto, 1938). Suposição reforçada pela grande confederação que formaram ao final do século XVII, mas estéril pela inexistência de material linguístico e etnográfico de monta. Nas vertentes do Ibiapaba, dominado pelo grupo tupi dos Tobajara, vamos encontrar referências aos Karatiú, Reriú e Anacé, entre outros, enquanto o litoral norte cearense era dominado pelo numeroso povo Tremembé e o baixo curso do Parnaíba pelos Arayó, Anapuru e Aranhi. Finalmente, no árido sertão central de Pernambuco, vale referir a presença dos Xokó e Karapotó, que vamos reencontrar no baixo São Francisco, completando um quadro que não se pretende, de modo algum, exaustivo.

No plano linguístico, estudos da única língua ainda falada, o Yaté dos Fulniô que vivem no sertão oriental de Pernambuco, permitem apenas uma tentativa de classificação no tronco Macro-Jê. Limitado material proveniente dos Pankararu, Xokó e Xukuru não permite nada de conclusivo, senão tomá-las por línguas isoladas. Do mesmo modo, a inclusão dos Masacará na família Kamakã e dos Pimenteiras entre os Botocudos, feita com base em resíduos linguísticos recolhidos por Spix e Martins já no século XIX, parece-nos altamente especulativa. Podemos, porém, seguramente, presumir uma diversidade que certamente extrapola em muito os limites da família Kariri.

Hipóteses a respeito do período pré-colonial sugerem claramente que esses diversos pequenos povos teriam sido expulsos do litoral nordestino pelo avanço dos Tupi em suas grandes migrações (Métraux, 1927), ainda em pleno processo quando da intrusão europeia. A dispersão daqueles para os cerrados a oeste seria, por sua vez, limitada pela presença dos povos da família Jê, também reconhecidamente bem mais homogéneos cultural e linguisticamente em seus subgrupos Timbira e Akwé, com os quais os povos do Nordeste central certamente mantiveram contatos.

A atividade missionária concentrar-se-ia na costa, ao abrigo da economia açucareira, mas já suscitava, a partir do São Francisco, em 1551, a curiosidade do gentio do sertão, que vinha de muito longe à capitania de Pernambuco para ver os padres que, pela primeira vez, a visitavam (Nóbrega, op. cit.:115). As áreas assistidas eram a Bahia de Todos os Santos, Porto Seguro, Ilhéus e Pernambuco, sem contar São Vicente e Espírito Santo. Vale lembrar que neste primeiro período litorâneo o movimento missionário, consoante os requisitos da conquista e povoação, alcançaria seu apogeu por volta da segunda metade do século XVI e primeiros decénios do seguinte, por intermédio predominantemente dos jesuítas (Regni, 1988, vol. 1:109).

Questões comentadas

A seguir, confira algumas questões comentadas sobre a ocupação pré-histórica de Pernambuco.

QUESTÃO 01 – Qual foi o papel de Vicente Yáñez Pinzón na história do Brasil?

a) Foi o primeiro governador-geral do Brasil.

b) Fundou a cidade de Salvador.

c) Descobriu o Rio Amazonas em 1500.

d) Chegou ao Brasil antes de Pedro Álvares Cabral.

e) Participou da Revolta da Armada.

Resposta: d) Chegou ao Brasil antes de Pedro Álvares Cabral.

Vicente Yáñez Pinzón foi um navegador espanhol que liderou uma expedição para o Novo Mundo em 1499. Ele desembarcou no atual estado de Pernambuco, na costa nordeste do Brasil, em janeiro de 1500, alguns meses antes da chegada de Pedro Álvares Cabral. Embora tenha sido um dos primeiros europeus a chegar ao Brasil, Pinzón não teve um papel significativo na história do país, pois não estabeleceu uma colônia ou iniciou o processo de colonização. No entanto, sua expedição ajudou a abrir o caminho para a exploração e colonização do Brasil pelos portugueses.

QUESTÃO 02 – Qual é a importância da Necrópole em Brejo da Madre de Deus?

a) É um sítio arqueológico pré-histórico.

b) É uma reserva natural protegida.

c) É um patrimônio cultural reconhecido pela UNESCO.

d) É um importante centro de peregrinação religiosa. e) É um cemitério histórico com túmulos do século XIX.

Resposta: e) É um cemitério histórico com túmulos do século XIX.

A Necrópole em Brejo da Madre de Deus, localizada no estado de Pernambuco, é um cemitério histórico que contém túmulos do século XIX. Ele é considerado um importante marco cultural e histórico na região, e muitos dos túmulos são ornamentados com detalhes arquitetônicos interessantes. Embora a Necrópole em Brejo da Madre de Deus não tenha sido reconhecida como patrimônio cultural pela UNESCO, é um local importante para a história local e um lugar de interesse para os visitantes que desejam aprender mais sobre a história e a cultura da região.

QUESTÃO 03 – Quais foram as principais etnias indígenas que ocuparam o território pernambucano?

a) Tupinambás, Incas e Astecas.

b) Xavantes, Tucanos e Bororos.

c) Caetés, Potiguares e Tabajaras.

d) Pataxós, Caiapós e Guarani.

e) Yanomamis, Mundurucus e Kamaiurás.

Resposta: c) Caetés, Potiguares e Tabajaras.

Durante a pré-história e a colonização do Brasil, muitas tribos indígenas ocuparam o território pernambucano. Entre as principais etnias estão os Caetés, Potiguares e Tabajaras. Os Caetés eram uma tribo do litoral que habitava a região da atual cidade de Recife, enquanto os Potiguares viviam na região norte de Pernambuco e os Tabajaras ocupavam a região sul. Cada tribo tinha sua própria cultura e tradições, e muitas vezes entravam em conflito com os colonizadores europeus que chegavam à região. A história dessas tribos indígenas é importante para entender a diversidade cultural do Brasil e a rica história da região de Pernambuco.

Quer mais conteúdo?

Deixe um comentário com dúvidas, pedidos ou sugestões:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.